Alugar ou financiar um imóvel? Saiba o que deve ser considerado antes de tomar uma decisão

Alugar ou financiar um imóvel? Saiba o que deve ser considerado antes de tomar uma decisão

O aluguel e o financiamento apresentam vantagens e desvantagens; é preciso estar atento a qual escolha faz sentido para cada pessoa e como a decisão pesará no bolso 

 

*Por Maria Rosenberg

 

Adquirir um lugar para chamar de seu é o sonho de boa parte dos brasileiros. E isso pode ser visto em números: de acordo com levantamento recente feito pela Datastore, especializada em dados do mercado imobiliário, 12 milhões de famílias pretendem comprar um imóvel nos próximos dois anos. O que dificulta a realização do sonho, em geral, costuma ser a questão financeira, especialmente quando o assunto é pagamento à vista. Por isso, muitas pessoas recorrem ao aluguel, como mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). De acordo com dados do estudo, as locações compõem 18,3% das moradias em todo o país, valor correspondente a 13,3 milhões de lares. Diante da dificuldade de comprar um imóvel, há muita gente que se questiona: continuar no aluguel ou financiar uma casa ou apartamento?

 

De antemão, é necessário salientar que não existe uma resposta única ou aplicável a todas as pessoas. A escolha pelo aluguel ou financiamento traz vantagens e desvantagens e depende muito das condições financeiras de cada família e dos planos que ela tem. O principal ponto positivo do aluguel é a versatilidade que ele proporciona, afinal, é bem mais fácil conseguir se mudar para um imóvel nesse modelo, com menos burocracias e, por vezes, de mensalidade mais barata em relação às parcelas de um financiamento. Além disso, a locação de uma propriedade oferece ao morador mais facilidade para uma mudança futura, desde que cumpridas as exigências presentes no contrato. Também é possível pagar menos mensalmente no aluguel enquanto as economias são feitas para adquirir um novo lar no futuro. Por outro lado, viver em um local onde não é de fato propriedade do morador pode trazer alguns incômodos, como dificuldades em realizar determinadas alterações em decoração e até na estrutura do imóvel.

 

O financiamento, por sua vez, é o sinônimo de estabilidade que muitos brasileiros buscam, afinal, uma propriedade financiada fortalece as raízes de uma família no bairro escolhido. Nesse modelo, não existe risco de o dono da residência pedir o encerramento do contrato e o morador ter a dor de cabeça para buscar uma mudança repentina, como pode ocorrer com o aluguel. Além disso, o financiamento oferece ao dono do lar mais liberdade para realizar mudanças no ambiente. Por outro lado, a decisão de financiar um imóvel deve ser tomada com muita cautela, uma vez que o ato é de grande responsabilidade e demanda um investimento maior a longo prazo. Para não haver problemas com a decisão, é importante se atentar às finanças de maneira cuidadosa para analisar se é possível cumprir todas as obrigações mensais. Em outras palavras, é crucial que a decisão caiba no bolso; para isso, é recomendável que as prestações não comprometam mais de 30% da renda mensal da família. Também é importante buscar estudar o financiamento de imóveis em regiões que tendem a valorizar o logradouro, bem como os melhores serviços de financiamento atualmente disponíveis no mercado imobiliário.

 

Na contramão de muitas empresas tradicionais, as fintechs com foco no mercado imobiliário ganham cada vez mais espaço no segmento devido a um modelo de atuação que permite mais vantagens a quem deseja financiar um imóvel. Um dos principais destaques dessas empresas do ramo financeiro com base tecnológica é a possibilidade de contratação do serviço de forma 100% digital. Em alguns players, é possível notar taxas muito mais baixas que as instituições financeiras tradicionais, além de condições diferenciadas como carência, flexibilidade no pagamento das parcelas e um atendimento muito mais humanizado e focado na experiência do cliente.

 

A presença das fintechs do setor imobiliário demonstra cada vez mais robustez no mercado. De acordo com números da plataforma Distrito, entre 2019 e 2020 houve crescimento de 34% no número dessas companhias no Brasil. O aumento é consequência, entre outros motivos, da confiança que a população aos poucos adquire em relação aos novos serviços financeiros, responsáveis por oferecer condições mais justas de crédito. As fintechs podem — e devem — fazer cada vez mais parte das soluções buscadas por quem deseja adquirir um lugar para chamar de seu.


*Maria Rosenberg é co-founder e CCO da Pontte, plataforma de empréstimo digital.


Sobre a Pontte

A Pontte é uma fintech nascida em 2018 para construir um crédito mais humano, proporcionando mais igualdade e desburocratizando o processo de empréstimos no país. A empresa acredita que o acesso ao crédito precisa ser simples, inteligente, justo e flexível; para isso, investe em dados e tecnologia para oferecer taxas de juros mais baixas, prazos de pagamentos mais longos e mais controle sobre o contrato. A fintech acredita que os empréstimos devem se adaptar ao fluxo financeiro dos clientes, e não ao contrário.

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