Santander torna-se sócia de empresa do Grupo Mauá para ampliar geração de energia limpa e mais barata para o consumidor
O Santander Brasil fechou um acordo para adquirir 65% da FIT Energia, empresa do Grupo Mauá que oferece energia produzida a partir de Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) e usinas de energia solar a famílias e empresas, com economia de até 12%
O Santander Brasil fechou um acordo para adquirir 65% da FIT Energia, uma espécie de marketplace em que consumidores de baixa tensão (pessoas físicas, pequenas e médias empresas) podem adquirir energia a um preço mais barato do que no mercado regulado. Com isso, o banco, que já atuava no mercado livre por meio de sua comercializadora de energia, no segmento de atacado, entra agora na geração distribuída, incluindo o varejo.
A FIT Energia é controlada pela Hy Brazil, empresa do Grupo Mauá que atua no mercado de energia renovável há mais de 15 anos e tem em seu portfólio mais de 50 usinas em operação, somando mais de 140 megawatts, produzidas por meio de Centrais Geradoras Hidrelétricas, considerado de baixíssimo impacto ambiental, e por meio de usinas fotovoltaicas. A empresa pretende instalar outros 100 MW até o fim de 2024.
Segundo Rafael Thomaz, responsável pela mesa de energia da tesouraria do Santander, o objetivo do banco será atrair cada vez mais produtoras de energia renovável para a plataforma da FIT. “O intuito é democratizar o consumo, possibilitar o uso de energia renovável por pessoas que hoje não têm condições de instalar um painel solar ou migrar para o mercado livre. Com a FIT elas podem fazer parte da geração distribuída compartilhada”, diz.
Na FIT, a economia na conta de energia pode chegar até 12%. O consumidor contrata o serviço pela plataforma (www.fitenergia.com.br). A FIT se torna responsável pela fatura junto à concessionária de energia, e passa a enviar para o cliente um novo boleto, já com o desconto. Atualmente, são 10 mil clientes, a maior parte de grandes consumidores, como o próprio Santander, TIM, Magazine Luiza, entre outros.
“A entrada do banco na FIT gera um enorme valor aos nossos parceiros, primeiro àqueles que investem nas usinas, pois a segurança de um contrato garantido pelo Santander refletirá inclusive em condições mais vantajosas por parte de seus financiadores”, ressalta Bruno Menezes, CEO da FIT. “Na outra ponta, pessoas e pequenas e médias empresas terão a oportunidade de participar da geração distribuída, gerando sua própria energia de forma remota, com economia e sem necessidade de investimento.”
Na geração distribuída, o consumidor precisa estar na mesma região onde aquela energia foi gerada. Dessa forma, a FIT só pode trabalhar com clientes das regiões onde estão as usinas parceiras, atualmente em oito Estados, incluindo Rio de Janeiro e Minas Gerais. Mas a ideia é expandir os geradoras na plataforma rapidamente. “A FIT já fechou acordo, está assinando contrato com um grande player do setor, com usinas em São Paulo, Mato Grosso e Nordeste. Estamos caminhando para muito em breve ter oferta de energia no Brasil todo”, diz Bruno Menezes. Em informa que, dos 80 milhões de consumidores de baixa tensão, a maioria deve acabar migrando para o mercado livre de energia, e as projeções são de que cerca de 10% desse total seja atendido pela geração distribuída.
O Grupo Mauá - que antes assinava como Grupo Toctao - tem 26 anos de história. Nasceu em Goiânia-GO, e hoje tem atuação em 18 Estados brasileiros e em diferentes segmentos econômicos: seis empresas nas áreas de engenharia e edificações, energia, financeiro e tecnologia, ou seja, um grupo especialista em soluções sustentáveis. O grupo, desde 2007, é destaque com várias premiações nacionais e regionais, como o prêmio ECO 2007, oferecido pela Câmara Americana de Comércio (Amcham), e o prêmio Nacional de Inovação 2016-2017, concedido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
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